É engraçado como você percebe o oceano que separa sua vida atual daquela confortável existência tupiniquim em pequenos detalhes.
Ao invés dos prédios imensos e dos árabes do golfo com suas roupinhas de magnata do petróleo, às vezes é o fato de comer um sanduíche numa lanchonete que te faz sentir com toda força que está em outro planeta.
Aqui não tem ovo colorido e nem tremoço. Também não tem chopp e nem steinhager.
Você para em uma lanchonete e, ao invés de um bauru ou de um misto quente, tem um frango tikka típico da Índia.
Você vai no shopping brega exagerado de Ibn Batuta (é esse o nome mesmo, acredite), que seria o sonho de consumo dos arquitetos do Shopping Dom Pedro tal a mistura de estilos e o tamanho do lugar, e vê redes de fast food árabes - e não é Habib's - tailandesas, indonésias e por aí vai.
Ontem eu dei uma passada lá para comprar um cabo RCA para o DVD de casa. E neste horário os locais - dos Emirados, digo - invadem todos os locais. Saem para consumir com a voracidade de leões que passaram por uma dieta de um mês só de salada e iogurte. São centenas de árabes sandalhudos e de mulheres de preto - women in black - uma boa parte com a cara coberta também. Mas elas consomem exatamente igual às ocidentais de cara descoberta. Estão para todo lado, principalmente nas lojas mais caras. Luxo é a palavra de ordem. O Athayde Patrese se sentiria em casa aqui.
Dubai é assim, luxo por todos os lados, mas sem um estilo definido. Eles importam tudo do bom e do melhor e misturam tudo com resultados algumas vezes no mínimo controverso. É como se o lugar tivesse sido colonizado pelos habitantes da Barra da Tijuca -talvez o Sheikh seja a Vera Loyolla.
Quem sabe?
Bom, deixa eu me empirulitar daqui.
2 comments:
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