Tuesday, May 30, 2006

Mudança, de novo.

Estamos saindo da nossa casa nos Springs. Tudo por causa do aumento insano dos aluguéis aqui em Dubai.
A nossa casa saía por 65 mil dirhams por ano há cerca de um ano. Hoje estão pedindo mais de 100 mil.
Está todo mundo ficando desesperado com isso.
E como o nosso canto é mobiliado - eu não estava com cabeça ou paciência para comprar coisas quando cheguei aqui sozinho - pagamos um extra.
Por lei os aluguéis não podem aumentar mais do que 15%, mas os proprietários usam as mesmas desculpas que a gente vê no Brasil para desalojar seus inquilinos e alugar por um preço muito mais alto: alguém da família vai casar e morar lá, eles querem morar na casa, blá, blá, blá.
O fato é que eu não queria pagar de novo por móveis que não são nossos e também pelo preço absurdo que estão pedindo nos Springs. Desse jeito gastamos uma grana mas ficamos com uma casa com a nossa cara - o que ajuda muito a vida do desterrado.
Por praticamente o mesmo preço de uma villa de 2 dormitórios nos Springs conseguimos uma de 3 quartos nos Arabian Ranches, que é outro condomínio ultra-gigantesco construído pela mesma construtora, mas que parece demais com o primeiro.
A diferença é que os Ranches ficam ainda mais para dentro do deserto e não tem o laguinho que todo conjunto dos Springs tem.

Para quem já se mudou mais de 20 vezes na vida, como eu, isso deveria acontecer sem dor.
Isso não é verdade. Mudar para mim continua sendo um saco.
Mas filósofos explicam porque as pessoas se mudam.
Porque elas não se lembram da última mudança, porque se lembrassem jamais sairiam do lugar onde estão.

Thursday, May 25, 2006

Luzes


Essa é da Íris.
Quando voltamos de Fujairah já era noite e tive que dirigir os mais ou menos 200km que separam este emirado de Dubai sem luz alguma.
Bom, pelo menos era isso que eu esperava.
Mas as rodovias daqui são completamente iluminadas - do começo ao fim. É como estar em uma avenida de centenas de quilômetros. E sem sinal.
E tudo isso sem pagar pedágio.
As locais.

Hoje encontrei ao sair da agência uma garota Dubai que era nossa cliente.
Ela é um bom exemplo do que acontece aqui com os locais.
Ela não deve ter mais do que 28 anos e é diretora de marketing de uma das imensas companhias de construção de Dubai.
Há alguns meses ela era gerente de uma outra companhia bem menor do mesmo grupo.
As coisas aqui acontecem tão rápido que, só de ter nascido em Dubai e estar trabalhando, você é promovido uma vez quinzena.
Subir de cargo é quase tão rápido quanto a velocidade que sobem os prédios que eles estão construindo.
Às vezes você encontra carinhas de 25 aninhos que só por vestirem dish dashas (aquela roupa de milionário árabe de filme) são os rolas-grossas de companhias imensas.
Mas isso não é importante.
O importante é que eu encontrei esta ex-cliente, que é gente boa e é local.
Ela estava vestindo a Abbayah, que é a roupa preta leve que elas vestem sobre as roupas "civis". Aqui em Dubai isso é mais uma questão cultural do que religiosa. Tanto que elas usam a roupa solta e dá para ver as roupas normais por baixo. E o lenço que elas usam na cabeça também é solto, dando para ver a franja.
Bem, nem todas são assim. Quando você anda nos shoppings tem de todo tipo de mulheres do Golfo (como eles chamam esta região).
Desde as mais fashion, sem lenço na cabeça até aquelas que têm tudo, absolutamente coberto - incluindo rosto e mãos com luvas.
Algumas mulheres velhas usam a burqa, que é a máscara que cobre parte do rosto. Parece uma versão malfeita da máscara do Fantasma da Ópera ao invés daquela burqa clássica dos tempos do Taleban no Afeganistão. Aquela burqa mais parecia uma máscara de esgrima.
Voltando à dita cuja e para discutir um pouco dos estereótipos, há algum tem atrás, quando ela ainda era nossa cliente, nós fomos para Beirute para a filmagem de um comercial. 4 pessoas do lado da agência e 2 do lado do cliente - incluindo ela.
No aeroporto ela estava de abbayah. O cara que estava com ela - que sempre veste dish dasha aqui - já chegou no aeroporto de camiseta e tênis. E foi o que ele usou no resto da viagem - incluindo Amsterdam, onde ele passou 90% do tempo maconhado. Um cara muito gente fina.
Foi só a gente sair para jantar que a roupa dela já era outra. Já estava totalmente ocidentalizada.
Ela participou de uma reunião de pré-produção e no dia seguinte iria embora.
O diretor de atendimento para a conta deles nos levou para a balada nesta noite.
Os dois locais tomaram todas e a senhorita local deu uns pega-nervoso num libanês.
Gente como a gente.
Mas eu contei tudo isso para chegar a uma particularidade local que não poderia deixar de mencionar.
Todas as mulheres aqui fazem a sobrancelha. Elas deixam fininha, mas com monocelha.
E, cacete, eu conversando com ela e não conseguia parar de ficar olhando aquela monocelha.
Ainda bem que me disseram que quando você olha no meio do nariz de uma pessoa parece que estamos olhando para os olhos dela.
Espero que seja verdade.

Tuesday, May 23, 2006

"Cuidado que areia está quente! Você vai sem chinelo?"
"Claro que sim. Não tem problema. Não preciso de chinelo não."

Se eu passasse um post inteiro contando como foi lindo o final de semana passado, como tudo deu certo, o lugar para onde fomos era lindo, a viagem transcorreu sem problemas e tivemos grandes momentos, provavelmente quem está lendo morreria de tédio. Bom, pelo menos eu que estou escrevendo morreria de tédio.

Mas não foi só assim. Felizmente.

O fato chave para este post foi uma conversa que eu tive com meu grande amigo Domenico na semana passada.
Ele me escreveu dizendo que tinha achado um site sensacional daquela cerveja Miller.
A idéia do site é em torno de leis que definem o que é ser homem e como deve se dar a interação entre homens.
É mais ou menos uma versão revista e ampliada daquele famoso email de coisas de viado.
Nós percebemos que a esta coisa macha, de fazer parte do grande grupo dos Zeca Bordoada é internacional - parte do imaginário coletivo destas criaturas peludas que gostam de assistir esporte na TV e coçar o saco.
Muitas regras já eram conhecidas, como não tomar jamais drinques coloridos, especialmente quando eles vêm em taças com guarda-chuvinhas ou reparar em como as pessoas estão vestidas.
Mas uma delas me marcou. Era nova e verdadeira.
Um homem, quando descalço na areia da praia, não deve correr jamais. Não importa o quanto a areia esteja quente.

Bom, começando a narrativa do final de semana.
Minha querida Íris, mãe da Di, está aqui conosco há umas duas semanas.
A presença dela tem sido fantástica para a gente - principalmente para a dona fofinha, que não desgruda da vovó.
Quinta-feira passada a Di teve a idéia de irmos para Fujeirah.
Fujeirah é um dos emirados que compõe os Emirados Árabes Unidos. Não é rico como Abu Dhabi e nem badalado como Dubai. Mas como disseram que o lugar tem umas praias interessantes, resolvemos dar uma passeada por lá.
Como Fujeirah fica no Golfo de Omã - do outro lado da Península Arábica - a viagem demora um pouco mais de duas horas.
E para chegar lá temos que cruzar montanhas. Montanhas estranhíssimas, aliás.
São montanhas pontudas e completamente secas. Parece uma paisagem alienígena. Muito diferente de Dubai e Abu Dhabi, onde tudo é plano e cheio de areia.
No caminho paramos em um lugar que chama Friday Market, que mais parecia uma Feira de Acari.
Tem de tudo e é um sucesso.
O que tem mais - e o que deixa a mulherada louca - são os tapetes persas. Lá é possível encontrá-los por uma fração do preço que se encontra em Dubai - que já é uma fração do que se encontra no Brasil.
Para mim todos eles parecem aqueles que você compra no DIC ou no Tapetão. Acho que não nasci para ser decorador.
A minha única participação foi dizendo que não era a hora de comprar. O famoso estraga-prazeres.
Mais montanhas pontudas e secas, alguns vilarejos construídos ao redor de oásis e chagamos a Fujeirah.
O lugar parece uma cidade de veraneio. Um monte de casarões se espalhando por quilômetros de costa. E mais sendo construídos. Parece que a mania de construir é uma coisa disseminada pelo oriente médio.
A cor do mar é inacreditável. Um azul pintado de azul impressionante.
Finalmente chegamos no hotel onde iríamos passar o dia.
É um hotelzinho meia-boca chamado Sandy Beach.
O lugar até que é razoável - se você não comparar com os mastodontes 7 estrelas de Dubai - mas o principal atrativo é a praia.
Ela fica de frente para uma ilhota onde tem um banco de coral. Você pode alugar o material de mergulho e fazer snorkeling lá.
Foi o que fizemos. A fofinha ficou com a vovó na piscina e fomos lá.
Um dos melhores mergulhos da minha vida. Vimos trigger fishes aos montes, peixes multicoloridos, baiacus, lulas, uma tartaruga e para minha surpresa, 2 barracudas.
A barracuda é a versão peixe do personagem do Samuel Jackson em Pulp Fiction.
É o peixe Bad Mother Fucker.
O nosso mergulho foi coroado com o encontro com um tubarinho. O bicho era muito pequeno para ser considerado um tubarão, mas ainda sim merecia respeito.
Foi realmente um dia esplêndido. Mas você deve estar se perguntando o que deu errado. A vida cor de rosa é ótima de se viver mas muito chata de se contar.
Bom, claro que o dia teve o seu momento máximo.
E é aí que a história do site da Miller entra.
O dia estava quente. Muito quente. A areia da praia era fofa e escura. Fomos mergulhar à uma e meia da tarde.
A distância entre o hotel e água do mar era de uns 100 metros.
E é aí que entra o diálogo
"Cuidado que areia está quente! Você vai sem chinelo?"
"Claro que sim. Não tem problema. Não preciso de chinelo não."
Eu, o macho que sou, macho brasileiro padrão internacional, dou conta do recado.
Chinelo para que?
Coloquei meus pés na areia e fui andando como um lorde.
Caramba, essa areia tá quente.
Lembre-se do site!
Caramba, essa areia tá muito quente.
Mantenha a postura, cara!
Caceta, esse negócio tá pegando fogo!
Finja que não é com você, você é um faquir agora.
Faquir o cacete!
Quando me dei por mim estava correndo como uma franga e fazendo cara de menina chorona.
E a droga da areia não acabava. A sensação era de estar correndo em cima de uma daquelas chapas de lanchonete pé sujo, junto com aquele ovo frito e as fatias de bacon.
Corri como uma bailarina os metros que faltavam e mergulhei os pés nas abençoadas águas do golfo de Oman.
Com o orgulho ferido e os pés doloridos me preparei para mergulhar.

Dane-se Miller!!!
Quem mandou ler as coisas na internet e achar que são verdade?

Tuesday, May 16, 2006

Hoje o assunto de novo é Brasil.

Sim. Eu já votei no PT.
A partir do momento que tirei meu título de eleitor eu comecei a votar no PT. Parecia uma boa alternativa aos não-partidos que existem no Brasil.

Mas teve uma hora que o PT cansou. Decidi não votar mais no Lula. Acho que foi entre a 27a. ou 38 vez que ele tentou se eleger presidente. Faz tempo.

Eu decidi não votar mais no Lula porque ele é um chato.

Hoje eu não penso mais assim. Amadureci.
Para descrever ele não sou tão simplista assim. Ele é uma figura mais complexa, cheia de nuances.

Hoje para mim o Lula é chato, burro e feio.
A gente se acostuma com tudo.

Eu acho que já escrevi isso mais de uma vez, em diferentes situações.
A gente se acostuma com o bom, com o ótimo, com o ruim e com o péssimo.
Tem gente que casa com a Sharon Stone e depois de alguns anos nem acha ela mais bonita. (Acho que usei uma referência meio fora de moda)
Tem gente que foi mandada para campo de concentração e que, depois de algum tempo, estava insensível com tudo que acontecia ao seu redor.
Nós somos assim, seres adaptáveis.
Mas quando a gente olha de fora o que está acontecendo as coisas tomam uma proporção totalmente diferente.
Foi o que aconteceu quando li na semana passada os noticiários sobre os ataques do PCC em São Paulo.
Para meu choque, e minha vergonha, não era apenas nos sites brasileiros de notícias. Todos os grandes jornais e sites de notícias estavam falando sobre a crise. Histórias terríveis sobre a baderna que tomou conta do nosso país.
Ao invés de ver as pessoas vindo perguntar sobre o futebol brasileiro ou sobre nossa música, elas têm vindo me perguntar o que é essa insanidade que está acontecendo.
Nem no Iraque coisas assim têm acontecido - e é um país invadido por uma potência opressora e que está cheio de terroristas dispostos a dar a vida para derrubar o frágil governo que está lá, tentando se estabelecer.
O Brasil não é assim.
Parece que o governo nunca existiu. Essa entidade amorfa, sem cara, sem coração, que só dá sinais de vida quando age de acordo com os próprios interesses.
E, por isso, parece que um novo governo acabou de assumir.
Um governo que comanda a vida das pessoas através do uso de celulares. Eles dão as ordens e seus capos fazem cumprir.
E as pessoas de escondem enquanto seus governantes fazem duas coisas: a festa e a polícia correr.
Eu imagino que para você, brasileiro, os recentes acontecimentos tenham sido assustadores. Mas o Brasil é assim mesmo. Os bandidos estão por aí e a gente tem que lidar com eles, deve pensar você.
Por isso ande com a janela fechada dos nossos carros blindados. Não pare no sinal vermelho à noite. Vá ao shopping porque é fechado e é seguro. More num condomínio fechado e, de prefererência, com muros muito altos e cercas eletrificadas.
Enquanto isso o governo está nas ruas ou coordenando tudo de seus escritórios nas prisões.
E aquele "outro" governo, inútil e imóvel, se dedica a cuidar dos próprios interesses e a criar uma auto-imagem completamente distorcida.
É. a gente se acostuma.
Mas a gente também se desacostuma. Felizmente.
E essas coisas para quem está aqui, tão longe, agridem, assustam, de um jeito muito forte.
Que país é esse que eu pretendo voltar no futuro? Que coisa disforme é essa que um gerações e mais gerações de governantes ineptos, corruptos e interesseiros criou?
E que gerações de cidadãos coniventes, ignorantes ou simplesmente insensíveis ajudou a manter.
Dá medo.
Mas a gente não pode cair sem lutar.
E não pode se acostumar a ficar no chão.

Wednesday, May 10, 2006

Não saiu caro o conserto do carro, para minha surpresa.
Anticlímax para quem estava esperando um ultra-mega-preço, não paguei tanto dinheiro assim e, melhor de tudo, recebi um dos melhores discursos motivacionais do mundo, dado pelo chefe da oficina.
Ele me contou que uma Ferrari custa 14 reais de manutenção por quilômetro rodado. E isso aqui em Dubai, que é muito mais barato.
Me senti feliz da vida em me separar do meu dinheiro depois dessa.
Que pode, pode. Quem não pode...

Monday, May 08, 2006

O que você faria com 750 mil reais?

No Brasil você pensaria em comprar uma bela casa em um condomínio, um apê bacana com 4 dormitórios e 3 vagas na garagem, uns 45 Corsas, 75 TVs de plasma, 400 geladeiras ou 150 mil saquinhos de amendoim japonês Mendorado.
Aqui em Dubai você pode comprar uma placa de automóvel.
Como assim?
Isso mesmo. Placas com números curtos ou repetidos estão à venda.
As placas normais tem uma letra e 5 números.
G 42789, J 57681 e assim por diante.
Placas com 3 ou 2 números chegam a custar mais de 1 milhão de dirhams - mais de 600 mil realetes. E algumas com 2 números repetidos apenas chegam nestes valores astronômicos. 233, 45, 77 e 88, por exemplo.
Se você estava procurando evidências de uma presença alienígena no planeta não vai encontrar nada mais estranho do que isso.
As placas são anunciadas em revistas especializadas com valores que vão de alguns milhares de reais até estes milhões extraordinários.
É uma expressão da necessidade de exibir provas da sua riqueza para os seus pares que é comum na cultura árabe.
O que me deixa curioso é saber que carro tem um sujeito que gasta mais de um milhão de dirhams numa placa. 99% de chances do carro ser mais caro que a placa - aí estamos incluindo Ferraris, Lamborghinis e Porsches.
É o caso do carro do Sheikh Mohammed - o picão-mor de Dubai, ou CEO de Dubai, como ele gosta de ser chamado.
Ele tem uma Mercedes off-road branca - uma que parece uma Land Rover Defender velha e tosca.
O carro é caro, muito caro. Mas não chega a este valor absurdo.
E sabe qual é a placa?
1

Como diria Mel Brooks, It's good to be the King.

Sunday, May 07, 2006

Meu carro quebrou, de novo.

Grande começo. Uma verdade que eu descobri depois de uma vida contando histórias - todos sabem como eu gosto de falar - é que as pessoas adoram ouvir coisas sobre quando você se deu mal.
Os amigos gostam de lembrar quando você passou mal depois de beber muito, quando você tomou um tombão ou deu beijo em mulher feia.
Felicidade não vende e não atrai. A galera gosta de ver o circo pegar fogo.
Imagina eu contando uma história de como estava tudo tão lindo e maravilhoso, como o céu estava azul enquando eu ouvia uma música fantástica que me despertava muitas memórias bonitas e, quando dei por mim, havia chegado no trabalho para mais um glorioso dia.
Quem não tivesse dormido antes do fim deste relato ia achar que eu sou boiola.
Mas quando eu conto que o desgraçado do carro quebrou de novo, que estava fazendo um barulho de um liquidificador com um parafuso dentro antes de parar de vez, no meio de uma das estradas mais movimentadas e perigosas dos Emirados - e quando eu digo no meio, estou querendo dizer NO MEIO mesmo, tive que empurrar aquele carro monstruoso para o acostamento - e que tudo isso aconteceu com uma nuvem de vapor saindo do capô, parecendo o motor da Ferrari do Rubinho, com certeza todo mundo vai ficar interessado.
E, melhor de tudo, quando abro o capô emputecido - coisa que não sei exatamente porque a gente faz, já que não entendemos lhufas de mecânica - fora o vapor vejo um líquido verde espalhado por todo o motor.
"Céus, atropelei um alien!" Foi o meu primeiro pensamento.
Mas a solução para este pequeno mistério era simples. Na última parada na mecânica, onde gastei uma fábula para deixar o carro amaldiçoado em condições de rodagem, eles colocaram um troço verde na água do radiador.
E, quando a mangueira do radiador explodiu - e olha que eu consegui entender isso sozinho - essa meleca que parece sangue de ET foi para todo lado.
Chama o socorro e leva para os malditos mecânicos darem uma olhada.
Eu estou insistindo com eles para ver se eles se afeiçoam pelo carro, já que vêem ele com tanta frequência.
Claro que tudo isso aconteceu às 7h20 da matina, e eu estava na estrada já tão cedo para poder chegar no trabalho e resolver 3748 coisas pendentes.
A maior aventura do dia, fora ficar imaginando qual caminhão iria acertar meu carro, já que eu parei em um mega balão - roundabout como eles chamam por aqui - foi explicar para o motorista indiano do guincho onde eu estava.
E olha que era fácil.
Agora estou esperando para ver qual vai ser a facada. De novo.

Viu só como eu consegui manter o seu interesse?
É só o circo pegar fogo que todos vêm ver os palhaços correndo.
Ou empurrando o carro.

Tuesday, May 02, 2006

Dia do Trabalho em Dubai é dia de trabalho.