Olho maior que a barriga e a descoberta chocante.
Não estava preparado para isso.
Ontem fui jantar com um amigo libanês, sua esposa e outro libanês que trabalha no Kwaitt.
Fomos, claro, num restaurante tradicional libanês.
Os caras têm uma mania de sempre pedir 3 vezes mais comida do que você consegue comer. Sempre sobra muita comida, que poderia ser usada para criar um sentimento de culpa em gerações de crianças indefesas.
Mas o rango estava bom, bom demais. Ainda mais para alguém que tem tido que se virar com a alimentação por mais de 3 meses.
Haja sanduíche!
Eles adoram azeitonas. E pegam com a mão. Eu me senti um desajeitado pegando as azeitonas com o garfo, comendo e jogando a semente de novo no garfo - o que vocês sabem que não é fácil - antes de jogar no pratinho. Uma contorção complexa para manter os bons modos à mesa. Aqui as coisas são muito simples. Aprendi uma lição e ainda fui motivo de riso. Ser o exótico de plantão não é fácil...
Mas choque estava por vir.
O papo estava bom, divertido e envolvente. Uma hora não resisti e fiz a pergunta fatídica, porque a pessoa que estava comigo era especial: um libanês que viveu no Brasil. O portador de uma sabedoria única. O único capaz de responder a pergunta que não quer calar:
Tem beirute em Beirute?
E ele disse...não!
Que decepção.
Estava torcendo para que ele me dissesse que beirute em Beirute chama bauru, ou algo assim.
Mas não tem jeito.
Não existem beirutes em Beirute.
1 comment:
Rapaz, num acredito que tu perguntou isso pro cara... Uma pegadinha que achei que tu só fazia pros amigos mais desavisados. hehehehe.
abração, Gui
baunilho
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