As ruas de Beirute.
Imaginem um trânsito bagunçado.
É pouco. Pensem mais. Acho que vocês ainda não chegaram lá.
Beirute é bem pior. O planejamento urbano parece ter sido feito por drogado com mal de parkinson.
Não existem ruas paralelas em Beirute. Com poucas exceções não existem ruas largas e avenidas.
E, claro, existem MUITOS carros.
Carros novos e carros velhos. Muitos carros velhos.
E, para ajudar, quase não existem placas.
Dirigir em Beirute é algo que exige décadas de aprendizado. Para decorar os caminhos tortuosos e para sobreviver a este trânsito darwinista.
Os locais não respeitam sinais. Vão entrando e jogando os carros uns sobre os outros. Param no meio da rua e seguram o trânsito para fazer conversões proibidas. E se xingam. Se xingam muito. Mas é um xingamento leve, parte da interação social desta cidade vibrante. Não deixa residuais de estresse como em São Paulo, onde você desenvolve uma úlcera nervosa se leva uma fechada.
Em São Paulo um conflito em trânsito é motivo para perseguição digna dos piores filmes de Hollywood.
Aqui é só motivo para fazer um gesto com a mão, que lembra um brasileiro perguntando "quanto custa" na linguagem dos surdo-mudos. E que aqui significa "você está louco?".
Tudo isso me levou à conclusão que as ruas no mundo árabe são um lugar onde reina o mais absoluto caos.
Mesmo nessa cidade com jeito de Europa.
Para ajudar o cara da agência que veio comigo é daqui e alugou um carro para a gente se movimentar.
Só tem um detalhe: ele é ex-piloto de rali...
Tava procurando emoção?
Como diria a imortal Angélica, eu vou de taxi.
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