O violão morreu, viva o violão!
Depois do desastre, a depressão, enfim boas notícias.
A salvação veio pelas linhas tortas da internet, depois que postei um comentário desesperado no meu Status do Facebook. Foi como ter jogado uma mensagem na garrafa num oceano virtual. Mas funcionou.
Levei meu violão para um indiano guitarrista, talentoso e interessante, fã de Joe Satriani. Ele olhou para os restos mortais e disse que ainda havia esperança e que em alguns dias tudo estaria resolvido. Eu deixei os dias passarem com medo de ligar e receber más notícias.
- Infelizmente nada pôde ser feito...tentamos tudo que era possível. Seu violão não está mais entre nós. Mas ele foi sem sofrimento, se isto lhe conforta.
Eu já imaginava o pobrezinho no céu dos violões - tudo bem, para violões e guitarras eu abro uma exceção - sendo tocado por um anjo sereno. Que destino horrível! Neste céu imaginário eles não devem tocar Rock'n'Roll, só músicas do Ray Conniff e do Zamfir.
Ignorando meu temor eu liguei e recebei a notícia: está pronto.
E não é que o cara fez um bom trabalho?
Fui até o apartamento dele para pegar o menino e me surpreendi. Quase não se vê as marcas da fratura e ele está soando lindamente. Acho que estava imaginando que ia ver um conserto parecido com aqueles que a gente fazia nos brinquedos que quebravam quando éramos crianças, com cola vazando pelas rachaduras. Felizmente eu estava errado.
O violão só não está soando melhor porque eu sou ruim demais. Mas para isso eu não sei se tem conserto.
1 comment:
Mas afinal, é um violão ou uma guitarra? Ou você já tá naquela base de esquecer as palavras em português, e traduzindo "guitar" como "guitarra"? Pena que você não tá por aqui. Talvez o admitíssemos como guitarrista (guitarra "elétrica", right?) na banda que é a nova sensação do rock paulista, Os Autolíderes (ia se chamar The Cades, já que o baixista tem mais de 50, o baterista 40 e o cantor guitarrista 30. Achamos que ninguém ia entender). Depois de um teste, claro. Para ver se você é ruim mesmo, ou se é apenas modesto.
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