Inverno no deserto
Ano novo, vida nova e, acreditem, temperatura nova.
Está fazendo frio em Dubai. Claro que não é o frio de 1 grau que pegamos em Amsterdam na nossa caminhada enquanto esperávamos pela conexão de volta para o Oriente Médio, mas é uma sensação inédita nestas paragens areníticas.
É até difícil imaginar que no meio do verão eu me sentia como um picolé deixado nos asfalto da avenida Atlântica. 50 graus parecem mentira quando você experimenta agradáveis 20 graus durante o dia e uma friaca (essa é para você, Fininho) durante a noite.
Se fosse assim o ano inteiro não sobraria espaço nem para os camelos, tamanha a quantidade de gringos salsichudos que se mudariam para cá para fugir da (essa sim) friaca européia.
Não dá para imaginar que verão possa deprimir alguém, mas o negócio aqui é tão sério que chega perto. É a versão beduína do clima siberiano - não dá para ficar em lugares abertos e equipamentos de controle de temperatura - no nosso caso é o ar condicionado - são itens que separam a felicidade de uma existência miserável.
A diferença é que no auge do inverno as únicas figuras que são encontradas nas ruas geladas dos países do norte são Papai Noel e seus duendes. Aqui os trabalhadores da construção civil não conhecem a diferença entre as estações. Não é fácil.
Eu bebo um copo de água gelada a eles.
E aproveito ao máximo para experimentar essa Dubai que eu não conhecia.
1 comment:
salve, gui.
já voltou, então.
depois dá uma olhada numas fotos de belém no subconteudo.blogspot.com
abs
mauro
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