Who cares about birthdays?
My wife, partner, friend and lover,
You know that I believe celebrating dates is just a convention that originate on a distant past, where someone decided that we needed a unit to keep track of the passage of time. It was decided time it takes for the Earth to complete one orbit around the Sun - or for our long gone ancestors, the time the Sun takes to complete one course around the Zodiac - would be it.
So our tools to measure the passage of time are mere conventions - we attribute meaning to it, although there isn't any.
Why do we celebrate Birthdays and anniversaries then?
Most people never asked this question. I did, so whenever the date comes when a friend is celebrating I try to tell them the reason why it's meaningful for me.
We sometimes take things for granted - the things we have, the things we've done and more important than anything, the people that are part of our lives.
Life is a very intense experience. So intense in fact we forget to look around and acknowledge the fact that some people make us smarter, stronger, and happier. More than that, we forget to tell them so.
That's why a birthday is important for me. It's the moment when we force yourselves to stop and give someone something in return for the impact they have on our lives. It's the moment we can tell them how important they are on making of the person who we are now.
But in your case it's different, because I don't care about the number of times the Earth has orbited the Sun or the fact you were born on March 27th.
One date is not enough to celebrate you.
I wish I could do that every day of our lives. To tell you that you make me a better, stronger and happier man - every single day we spend together.
So, my beautiful wife, partner, friend and lover, if I haven't done that enough in the past - and I'm pretty sure I didn't - I'm here to celebrate how wonderful life is while you're in the World. (thanks Sir Elton)
Thanks for letting me be part of your extraordinary life.
Happy existence.
I love you.
Gui
Tuesday, March 27, 2012
Monday, March 19, 2012
Testemunha Ocular
Semana passada eu finalmente assisti ao último Impossible Mission - The Ghost Protocol. Não demorou tanto assim - o filme foi lançado só há quase três meses.
Mas como ainda está passando por essas bandas? Para quem assistiu a razão é clara: Dubai é um dos cenários mais importantes do filme e por isso toda a população dos Emirados deve ter assistido ou ainda está assistindo ao filme, porque tinha um monte de gente no cinema.
Todo mundo fica curioso para ver o um lugar onde a gente já foi em um filme. É só assistir a um filme que se passa em Nova York e você se acha o máximo por reconhecer lugares onde já passou. "Olha lá, é o Central Park!!! Já estive lá". É, só você. É só ter um filme em que a história acontece em Paris e você quase se sente um dos protagonistas - olha lá, eu andei por essas ruas!
Mas quando a história se passa na cidade em que você mora o assunto é sério. Aí você não aprecia o enredo, o que importa é só o cenário - o resto é ruído. No caso de Impossible Mission eu me lembro vagamente de que tem um ator famoso - acho que o Tom Cruise - mas não tenho certeza.
Mas que o filme se passa em Dubai eu tenho certeza, porque não consegui prestar atenção em outra coisa.
Acho que os brazucas - mais especificamente os cariocas - que assistiram ao último Fast & Furious devem ter se sentido do mesmo jeito. Cada detalhe errado na cultura e geografia é quase uma ofensa à sua família. Ao invés de prestar atenção nas cenas de perseguição você fica olhando para as placas das ruas e para os outdoors - e se sente o máximo quando reconhece algum lugar onde você costuma passar.
Foi exatamente o que aconteceu com Mission Impossible. Você só consegue olhar para as paisagens.
Por exemplo, tem uma cena de perseguição em que o ator principal - ainda acho que é o Tom Cruise - corre atrás do bandido. Ele sai correndo a pé do prédio mais alto do mundo - aqui tudo é "mais", mesmo depois da crise - e logo depois está no distrito financeiro, que é onde eu trabalho. O problema é que os dois lugares ficam separados por cinco quilômetros. Aí eles viram à esquerda e estão em um bairro tradicional a 4 quilômetros de lá.
Blasfêmia!
Como é possível??!!! Isto é inaceitável. E claro que, para piorar as coisas, tudo isso acontece no meio de uma tempestade de areia de proporções bíblicas - que pela maneira que o filme coloca deve acontecer pelo menos uma vez por semana.
As inconsistências não páram por aí, mas se eu continuar listando provavelmente meus leitores vão ter seus problemas de insônia resolvidos. Mas acreditem em mim, fora alguns detalhes corretos quase nada tem a ver com a Dubai verdadeira.
É para ficar revoltado, não?
Na verdade não.
É um erro comum que nós cometemos pensar que todos vêem o mundo da mesma maneira - a nossa maneira. Fora a meia dúzia de gatos-pingados que moram por aqui, quem realmente se importa se você consegue seguir a rota dos nossas heróis pelo Google Maps? Os filmes estão distorcem a realidade para criar histórias interessantes. É sempre assim, mas nós não percebemos porque não fazemos parte do problema.
Tudo bem, Dubai não tem engarrafamento de camelos e tempestades de areia dignas de um Independence Day todo dia ímpar mas a alternativa talvez fosse mais chata do que uma cidade do meio-oeste americano.
Realidade ou fantasia? A indústria do entretenimento sempre vai preferir a que tiver mais perseguições de carro, explosões e invasões alienígenas.
Na próxima vez que seu herói favorito for para Praga, Burkina Fasso ou Tuvalu, lembre-se disso.
Semana passada eu finalmente assisti ao último Impossible Mission - The Ghost Protocol. Não demorou tanto assim - o filme foi lançado só há quase três meses.
Mas como ainda está passando por essas bandas? Para quem assistiu a razão é clara: Dubai é um dos cenários mais importantes do filme e por isso toda a população dos Emirados deve ter assistido ou ainda está assistindo ao filme, porque tinha um monte de gente no cinema.
Todo mundo fica curioso para ver o um lugar onde a gente já foi em um filme. É só assistir a um filme que se passa em Nova York e você se acha o máximo por reconhecer lugares onde já passou. "Olha lá, é o Central Park!!! Já estive lá". É, só você. É só ter um filme em que a história acontece em Paris e você quase se sente um dos protagonistas - olha lá, eu andei por essas ruas!
Mas quando a história se passa na cidade em que você mora o assunto é sério. Aí você não aprecia o enredo, o que importa é só o cenário - o resto é ruído. No caso de Impossible Mission eu me lembro vagamente de que tem um ator famoso - acho que o Tom Cruise - mas não tenho certeza.
Mas que o filme se passa em Dubai eu tenho certeza, porque não consegui prestar atenção em outra coisa.
Acho que os brazucas - mais especificamente os cariocas - que assistiram ao último Fast & Furious devem ter se sentido do mesmo jeito. Cada detalhe errado na cultura e geografia é quase uma ofensa à sua família. Ao invés de prestar atenção nas cenas de perseguição você fica olhando para as placas das ruas e para os outdoors - e se sente o máximo quando reconhece algum lugar onde você costuma passar.
Foi exatamente o que aconteceu com Mission Impossible. Você só consegue olhar para as paisagens.
Por exemplo, tem uma cena de perseguição em que o ator principal - ainda acho que é o Tom Cruise - corre atrás do bandido. Ele sai correndo a pé do prédio mais alto do mundo - aqui tudo é "mais", mesmo depois da crise - e logo depois está no distrito financeiro, que é onde eu trabalho. O problema é que os dois lugares ficam separados por cinco quilômetros. Aí eles viram à esquerda e estão em um bairro tradicional a 4 quilômetros de lá.
Blasfêmia!
Como é possível??!!! Isto é inaceitável. E claro que, para piorar as coisas, tudo isso acontece no meio de uma tempestade de areia de proporções bíblicas - que pela maneira que o filme coloca deve acontecer pelo menos uma vez por semana.
As inconsistências não páram por aí, mas se eu continuar listando provavelmente meus leitores vão ter seus problemas de insônia resolvidos. Mas acreditem em mim, fora alguns detalhes corretos quase nada tem a ver com a Dubai verdadeira.
É para ficar revoltado, não?
Na verdade não.
É um erro comum que nós cometemos pensar que todos vêem o mundo da mesma maneira - a nossa maneira. Fora a meia dúzia de gatos-pingados que moram por aqui, quem realmente se importa se você consegue seguir a rota dos nossas heróis pelo Google Maps? Os filmes estão distorcem a realidade para criar histórias interessantes. É sempre assim, mas nós não percebemos porque não fazemos parte do problema.
Tudo bem, Dubai não tem engarrafamento de camelos e tempestades de areia dignas de um Independence Day todo dia ímpar mas a alternativa talvez fosse mais chata do que uma cidade do meio-oeste americano.
Realidade ou fantasia? A indústria do entretenimento sempre vai preferir a que tiver mais perseguições de carro, explosões e invasões alienígenas.
Na próxima vez que seu herói favorito for para Praga, Burkina Fasso ou Tuvalu, lembre-se disso.
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