Friday, December 23, 2005

Prontos para a jornada.

Faltam só algumas horas para irmos audaciosamente onde poucos de aventuraram e sairam vivos para contar a história: rumo ao Brasil de classe econômica da KLM com uma criança de 2 anos.
São 6 horas e meia até Amsterdam, 4 horas no aeroporto e mais umas 12 horas até Guarulhos - sem contar a hora e meia de estrada até a casa do meu pai.
Acho que deve ter sido mais confortável para os peregrinos que passavam meses atravessando os oceanos em barquinhos de madeira.
Saímos hoje às 1h30 da matina e chegamos em GRU às 20h50 - sem descontar os fuso de 6 horas.
Espero que a ceia ainda esteja quentinha quando a gente chegar.

Tuesday, December 20, 2005

Seis meses sem ver uma gota de chuva, e contando.

Nem quando fui para Beirute, nem em Amsterdam. E dias nublados foram só uns 3.
Pelo que me disseram, no Brasil vai ser diferente. Bem diferente.
Veremos...

Sunday, December 18, 2005

Acho que vou passar todo o tempo que vamos ficar no Brasil comendo e conversando.
Faz mais de 6 meses que não como uma feijoada ou um bife acebolado.
Churrasco nem pensar. Fui num restaurante com uns amigos há uns 4 meses e paguei mais de 100 reais numa carninha meia-boca... Linguiça, picanha, alcatra...
E eu já sou um ardoroso fã da língua-pátria falada. Imaginem agora que estou há mais de 6 meses quase sem interlocutores.
(A Dri já não deve me aguentar mais)
Me aguardem.

Saturday, December 17, 2005

O Grande Macaco e a pequena cinéfila.

Ontem fomos ao Ibn Battuta Mall para fazer compras. Eram 8 da noite e a Carolina, enfim, estava dormindo no seu carrinho depois de fazer estripulias o dia inteiro.
Idéia da Dri - conhecendo nossa pequena tínhamos certeza que a dona fofinha não acordaria mais naquela noite. Que tal se tentássemos ver de novo King Kong?
De novo porque na quarta nós fomos tentamos assistir com ela. Mas chegou um certo ponto em que as cenas estavam pesadas demais para a nossa pequena e saímos antes da metade do filme - com água na boca.
Lá fomos nós com nosso bebê no carrinho para a sessão das 9 e meia do filme - que tem mais de 3 horas de duração.
Quando peguei a pequena no colo a bichinha acordou. E não pregou mais o olho até o fim. Aliás, ficou com os olhos bem mais abertos que o normal.
Cobrimos seus olhinhos nas cenas mais pesadas - que são pouquinhas, menos de 3 minutos do filme - e ela seguiu alegremente pelo filme, vibrando com tudo que estava acontecendo na tela.
Acho deve ter um gene que codifica a paixão pelo cinema ainda por ser descoberto.

O filme é magnífico. Emocionante, emocional, surpreendente e impressionante.
É um daqueles momentos raros e preciosos em que você se sente novamente como um garoto de 8 anos de idade. O Peter Jackson acertou de novo.

Semana que vem vamos tentar assistir Harry Potter. Mas aí vai ser no Brasil.
Dia 24 estamos chegando na Pindorama.

Wednesday, December 14, 2005

O dia em que a terra tremeu.

Estar em Dubai é sempre interessante. Sempre tem uma novidade para contar. Infelizmente o ritmo da minha vida tem sido tão alucinante que tenho falhado em postar neste blog regularmente. E pode ter certeza que tem muita coisa para acontecendo.
A antepenúltima coisa interessante que aconteceu foi mais um item para entrar no meu currículo.
Estava eu aqui na minha sala no 17o. andar das Emirates Towers, logo depois de comer um típico prato local chamado Big Mac, quando senti que tudo estava balançando. Meu primeiro pensamento foi "o que será que eles colocam neste molho especial?".
Realmente as coisas estavam sacudindo. Era um terremoto.
Interessante que em momentos como este você fica sem ação, sem saber o que fazer, abestalhado, parvo, abobalhado.
Nada na vida pode prever o que acontece em situações inesperadas, você fica a mercê dos seus instintos, da sua capacidade de improvisação e, pior de tudo, do espírito da matilha.
Isso mesmo. Em situações de estresse agimos em bando. Uma inteligência - ou estupidez - coletiva toma conta de todos nós.
Demorou alguns minutos até entendermos o que estava acontecendo. Aí todos fugiram do prédio - tentando preservar as aparências, mas fugindo do mesmo jeito.
Depois de algum tempo a segurança do prédio veio dizer que era seguro voltar, que nada mais ia acontecer.
E, acreditem, as pessoas voltaram!
Tenho certeza que a admnistração do prédio ligou para Princeton e Harvard para colher esta informação antes de passar para a gente...
Em momentos como estes as pessoas voltam a ser crianças. Precisam que alguém mostre o que é certo e errado e que lhes digam o caminho.
Eu demorei mais um pouquinho, para enfatizar minha independência, mas fiz o mesmo no fim.

O que aconteceu foi um terremoto de 6.5 graus na escala Richter com o epicentro em uma cidade do Irã a 250km daqui. Matou algumas pessoas e destruiu umas casas. E foi a primeira vez que um evento como esse foi percebido em Dubai.
A Dri por exemplo só ficou sabendo depois que eu liguei para contar. Pelo jeito só os prédios mais altos - que são como imensos pêndulos - sofreram claramente os efeitos do choque. E as Emirates Towers têm mais de 50 andares.

É muito estranho estar numa situação como esta. É como se o planeta estivessa fazendo uma exclamação que diz claramente "ei, amigos, por mais que você pensem o contrário quem controla as coisas por aqui sou eu".
Faz a gente se sentir bem pequeninho.

Essa eu vou colocar no currículo. E olha que nem estava no pacote...

Monday, December 05, 2005

O Burjo.

Que beleza! Minha filha não só reconhece o Burj Al Arab na paisagem como é apaixonada por este hotel magnífico.
Quando estamos passando pela Sheikh Zayed Road ela nos surpreende gritando "Olha o Burjo!". E lá está ele, enorme e imponente.
Na praia em que vamos - a Jumeira Beach - estamos do lado do hotel. Uma vista impressionante. E ela fica em êxtase.
Isso porque tudo que ela precisa está lá: mamãe, papai, areia para fazer seus bolinhos e o Burjo.
Viu só como a vida pode ser simples?

Sunday, December 04, 2005

Um novo ponto de vista.

Uma coisa muito importante que você aprende depois de chegar a Dubai é que aqui o termo "Camelódromo" tem um significado totalmente diferente.